sábado, 18 de dezembro de 2010

Sinta o valor das coisas não no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que elas acontecem e permanecem.

" Eu tenho medo. Mas não tenho medo de ter medo. Medo é o avesso da coragem. É por meio dele que eu alcanço algumas vitórias. Quem não tem medo corre o risco de se tornar um herói sem graça, pronto demais.

A vida é bonita justamente por ser inacabada. A metade que falta, o detalhe que ainda não alcançamos, o objetivo que ainda está pela metade. Tudo se torna mais bonito quando visto do avesso. Os medos também.
Há muitos tipos e estão por toda parte: medo de não vencer, de não chegar, de não saber, de não conseguir, de subir a escada, de errar no tempero, de perder, de morrer...
O avesso do medo é o cuidado redobrado, porque quem tem medo, cuida. Não se expõe ao perigo, mas se resguarda. O medo é bom, porque não nos enche de falsa coragem. O medo nos torna reais, nos mostra quem somos, mensura o tamanho de nossas pernas...

O medo nos coloca no nosso lugar e nos prepara para o sorriso do pódio. Contudo, há medos que nos paralisam. São temores doentios. Eles nos entorpecem, nos amarram e precisam ser vencidos. Precisam ser olhados de frente, para que voltem à condição
de medo, apenas... Medo saudável. Medo que me faz ser humano na medida certa, porque no humano bem medido, o divino prevalece. Só isso. O resto é lição que a lousa da vida espera por ser escrita."

Pe. Fábio de Melo

Nenhum comentário: